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Cicloturismo no Circuito das Araucárias

Foto do escritor: Claudia JakClaudia Jak

Atualizado: 17 de nov. de 2022

Há anos procurava uma oportunidade para conhecer o famoso Circuito das Araucárias. Ouvia dizer que, apesar de seus encantos, é um percurso desafiador devido a altimetria.


Para aproveitar ao máximo daquilo que o Turismo da Experiências tem a nos oferecer, decidimos percorrê-lo em 7 dias e conferir com calma os atrativos históricos, naturais, gastronômicos e culturais.


Localizado em Santa Catarina, o circuito foi lançado há dez anos a partir de uma parceria entre o Clube de Cicloturismo e a Associação de Municípios Consórcio Quiriri.


Hoje, o percurso tem em torno de 270 km e está dividido em 9 trechos. Assim como em outras experiências que tivemos, adquirimos um passaporte no início da jornada e fomos ganhando selos nas cidades e pousadas por onde passamos.


Partimos com nossos amigos da cidade de São Bento do Sul, no dia 23/10/22, em direção ao município de Corupá, com o objetivo de percorrer os trechos 01 e 02. O caminho, nesse dia, reservava muitas boas surpresas!


Seguimos, desde a primeira placa diretório no centro da cidade à zona rural, em estradinhas com uma mescla de florestas com imponentes e belas araucárias e a presença de Mata Atlântica bem preservada.


Infelizmente, uma das mais famosas atrações desse trecho, a Rota das Cachoeiras, encontra-se fechada desde o início da pandemia.

Cicloturismo no Circuito das Araucárias - Foto: Claudia Jak

Ouvi dizer que está prestes a abrir mas, sinceramente, não senti falta já que pedalamos quase todo o tempo ao lado de lindas corredeiras e passamos por diversas cachoeiras.


Um destaque nesse dia foi o morro da Igreja – um belo paredão de pedra que podemos avisar a partir da metade do primeiro trecho.


Outro ponto histórico de interesse é a ferrovia, que possui um passeio entre Corupá e Rio Negrinho ativo por, pelo menos, uma vez por mês. Construída em 1913, era parte da Estrada de Ferro que ligava São Paulo ao Rio Grande do Sul.


Os trilhos serpenteiam as serras e cruzam o circuito por diversas vezes. Para nossa alegria, pudemos ver e passar pelo trem no meio do caminho.



No segundo dia, percorremos apenas o trecho 3 que tem aproximadamente 15 km. Aproveitamos para estender nosso pedal em 5 km até a Cachoeira da Usina, uma propriedade privada com uma bela cachoeira e água cristalina.


Planejamos dormir no Parque das Aves onde fomos recebidos maravilhosamente bem pelo casal Silverio e Anita. Tivemos uma tarde bem agradável de conversas com meus patrícios polacos (descobri que somos descendentes de imigrantes poloneses).


Há vários atrativos nessa propriedade como uma corredeira, um criadouro de peixes nativos, aves exóticas, uma trilha ecológica. Destaque para o maravilhoso criatório natural de borboletas, que conta com um projeto de criação e soltura.


Parque das Aves - Foto: Claudia Jak

O projeto se estende desde a fase inicial, quando o inseto ainda é um ovo, passando pelos estágios de lagarta e casulo, até chegar no momento em que as jovens borboletas podem voar. Há espécies de borboletas ameaçadas de extinção, que têm sua reprodução incentivada no borboletário, a fim de preservar estas espécies.


O trecho 4 faz parte do grande dia da superação! Partimos de uma altimetria de 200 e chegamos a 1100 em, aproximadamente, 10 km. Todo esforço é recompensado com um maravilhoso visual dos mirantes naturais ao lado da estrada.


No trecho 5, adentramos a Estrada Dona Francisca – um dos destaques importantes da parte histórica desse circuito. O caminho passa por vários trechos do traçado original dessa estrada, construída por volta de 1865. Por fim, chegamos na famosa pousada Casa Antiga.


Circuito das Araucárias - Foto: Claudia Jak

A proprietária Cristina nos recebeu na casa centenária, que preserva a arquitetura e as pinturas originais.


Após um banho na cachoeira, localizada dentro do terreno da pousada, colhemos morangos orgânicos produzidos aqui e nos banqueteamos com um jantar incrível, cujo ingredientes são todos produzidos em cooperativas da região.


Não deixe de experimentar a bebida Kombucha, uma bebida fermentada que parece um espumante.



O trecho 6 segue por trilhas com belíssimas paisagens. Apesar de não ter nenhuma subida importante, o constante sobe e desce nas estradas exige bastante do cicloturista.


Nos arredores desse caminho é possível contemplar várias propriedades rurais, algumas abertas para o turismo rural, com criação de ovinos, produção artesanal de lã, criação de cabras e cultivo de alimentos orgânicos.


A paisagem segue magnífica com muitas araucárias, ovelhas e cavalos. Passamos também por uma linda cachoeira – Salto de Engenho. Após 41 km, chegamos no Sítio Ponte de Pedra, onde fomos recebidos por Hariet e seus filhos. Aqui, há uma ponte construída em 1884 e que integra a Estrada Dona Francisca.


O trecho 7 é um pouco mais curto e sem muitas subidas. O visual é de muitas florestas e plantações de pinheiros. Apesar de não ser o melhor período para avistá-las, passamos por alguns trechos de hortênsias muito bonitos!


Hortênsias em flor - Circuito Cicloturístico das Araucárias - Foto: Claudia Jak

Em alguns momentos, as copas das árvores se fecham sobre nós, uma sensação incrível! Como chegamos na hora do almoço, aproveitamos para conhecer Rio Negrinho e descansar.


O trecho 8 termina na Fazenda Evaristo.

Fomos impactados de forma muito positiva com todos os atrativos daqui. Assim que chegamos, percorremos um trekking – Trilha do Índio - que nos leva a uma belíssima cachoeira de uns 20 metros de queda. Aqui, nos refrescamos e aproveitamos para fazer nosso lanche.


Não foi possível aproveitar tudo o que havia de entretenimento por ali, devido a termos pouco tempo. Um dos pontos altos que sugiro aproveita é assistir ao pôr do sol no mirante, onde há também um balanço infinito enorme que permite uma experiência saudosa e divertida.


O último trecho 9 não apresenta uma grande amplitude de subidas, mas por ser um pouco mais longo e, devido ao cansaço dos dias anteriores, torna-se mais difícil. Neste trecho, o ciclista também será recompensado com belíssimos visuais.

Muitas subidas no Circuito de Cicloturismo - Foto: Claudia Jak

É muito emocionante voltar à mesma placa diretório da saída, no centro da cidade, e perceber que foi possível vencer mais esse desafio das montanhas de Santa Catarina!


E assim, concluímos o Circuito das Araucárias e de lá voltamos, cheios de boas memórias de pessoas e lugares que com certeza ficarão guardados em nossos corações!


No final, recebemos um certificado de conclusão do Circuito – mais um troféu para o nosso portfólio!


Circuito das Araucárias - Cicloturismo - Foto: Claudia Jak


1 Comment


Victor Zanini
Victor Zanini
Nov 16, 2022

Muito bonito 👏

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