O primeiro Dia Mundial Sem Carro após o período destes dois anos pandêmicos está aí. E, ainda residem questionamentos do que faremos a partir dele?
Dia 22 de setembro de 2022 é uma data para ser celebrada e virar objeto de reflexão, em todas as partes do planeta devido a seu impacto ser ainda mais perceptível do que nos anos anteriores.
A proposta do Dia Mundial Sem Carro é uma abordagem assumida por milhões de pessoas em todo o planeta.
Cidades mais humanas com transportes ativos
A ideia central é que as pessoas se sintam incentivadas a deixar os veículos particulares em casa, ao menos neste dia, valorizando alternativas de transporte coletivo e os transportes ativos (andar a pé, bicicleta, skate...).
Ou seja, transportes ativos são aqueles que se valem da propulsão humana para levar seu usuário além das possibilidades e das limitações que uma cidade, pensada sob uma perspectiva carrocrata e, por consequência, desumana, tende insistentemente a negar.
Muitas razões para escolher a bicicleta
A presente crise energética grave, a insustentabilidade do modelo de consumo de recursos naturais vigente, a instabilidade socioeconômica dos últimos anos e as soluções que os transportes ativos como a bicicleta trazem às sociedades, enfim, são justificativas mais do que suficientes para repensar nosso modo de vida. Afinal, a bicicleta é uma ferramenta de saúde pública.
Nossas escolhas carecem de uma percepção de coletividade que se abrace, em definitivo, aos fundamentos da civilidade, a fim de que possamos assumir a maneira de fazer a diferença no cotidiano das cidades, valendo-nos da bicicleta para além da mera concepção de veículo ou meio de transporte.
Dar testemunho do direito de ir e vir
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É fato que a bicicleta inspira em direção a uma cidade saudável, em todas as dimensões.
Usar a bicicleta indistintamente é uma prática de lazer ativo individual e coletivo, uma forma de revisitar a cidade que ajudamos a construir e que, muitas vezes, nos exclui.
Fazer uso da bicicleta no cotidiano é uma maneira de valorizar o direito de ir e vir, indistintamente, e que todos possam usufruir dele. E, vale salientar, mais potentes do que qualquer cartilha são o testemunho e o exemplo.
Então, a experiência do Dia Mundial Sem Carro serve para confirmar que, no cotidiano, todos os transportes ativos são a forma mais inteligente de singrar a cidade, valendo o mesmo para o pedestre, para o skatista, o patinador, etc.
Ou seja, os transportes ativos são o futuro batendo à sua porta, hoje! E, não há como negar, que se trata de um fenômeno de proporções mundiais e irreversíveis.
Futuro que se constrói hoje
Sendo assim, vale a pena acreditar que em pouco tempo as calçadas serão mais largas e conservadas para que pedestres sigam sem obstáculos, cadeirantes sejam contemplados em seu direito irrevogável, da mesma forma que deficientes visuais, idosos, entre outros.
O que tentamos demonstrar é que pensar a cidade para carros é o mesmo que querer, a todo custo, pensar o céu para peixes.
Parece tão simples, não é? Porém, grande parte da população mais conservadora ainda resiste ao inevitável: a tomada das ruas pela bicicleta e pelos transportes ativos. E é para isto que serve, também o Dia Mundial Sem Carro.
Façamos a nossa parte! Vem com a gente!
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