Ser ciclista recreacional, amador ou profissional requer uma preparação bem executada, através do treinamento físico específico, de estratégias de recuperação muscular, de nutrição e de suplementação adequada.
Justamente por ser um esporte onde os passeios, treinos e provas tem, por vezes, longos percursos com trajetos variados em dificuldade e intensidade, o ciclismo é considerado uma modalidade que exige intenso esforço físico e necessidades nutricionais peculiares.
O desgaste físico, nutricional e de hidratação, gerados pelo esporte são condições comuns na prática e que tem, na nutrição e na suplementação, seus principais aliados.
No decorrer de uma prova ou treino, o corpo metaboliza diversas substâncias, como sais minerais, carboidratos e proteínas em quantidade significativa para determinar o bom desempenho ou o fracasso da ação executada.
Diante disso, a garantia do aporte ideal e a manutenção dos estoques destas substâncias é fundamental para garantir a eficiência e a performance durante a prática do esporte.
O quanto o atleta suporta pedalar depende de seu condicionamento físico, mas também do seu estado nutricional, sobretudo em relação ao aporte dos carboidratos, que no nosso corpo está estocado nos músculos e no fígado sob a forma de glicogênio.
Em esportes de longa duração como o ciclismo, também chamados de esportes de endurance, diversas ações podem gerar a fadiga muscular. Dentre estas ações, podermos citar: ação biomecânica do flexionar e estender as articulações dos membros inferiores, o calor, a desidratação e talvez o mais significativo deles - o conteúdo de glicogênio muscular.
Sabemos que quando a fadiga muscular acentuada se instala, esgota-se a capacidade de contração do músculo e, consequentemente, a capacidade de fazer esforço. Expressões como "quebrei” ou "caiu o disjuntor" são comumente utilizadas entre os ciclistas para externar esta situação.
A formação de energia rápida para a contração muscular depende muito da presença e da disponibilidade do carboidrato. Maiores estoques de glicogênio, ou reposições constantes de carboidratos durante o pedal, prolongam a atividade e a capacidade contínua de gerar um ótimo desempenho motor.
A ingestão deste macronutriente é de fundamental importância dentro do ciclismo, principalmente pelo fato de suas reservas serem limitadas e rapidamente esgotáveis para atender horas de exercício contínuo e intenso.
A quantidade, o tipo e o momento em que se ingere o carboidrato são fatores fundamentais para manter o desempenho, além de proporcionar ótima performance e saúde ao praticante da modalidade.
É exatamente neste contexto que a Nutrologia vem ganhando destaque e visibilidade nos últimos anos.
Trata-se de uma especialidade médica que visa, através da alimentação e da suplementação corretas, garantir o aporte ideal de nutrientes – carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais – necessários para a manutenção da saúde e para a otimização do desempenho físico e da recuperação muscular pós-exercício.
Dr. Fabio Pizzini
Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP - 2002; Residência Médica em Otorrinolaringologia na PUC/SP;
Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF e pela Associação Médica Brasileira – AMB;
Pós Graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN;
Curso de Capacitação em Nutrologia do Exercício pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN; Pós-Graduação em Nutrologia Esportiva pelo Instituto BWS; Certificação - Advanced Nutrition Specialist – International Federation of Body Building and Fitness – IFBB. Membro da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN.
Site Oficial: https://drfabiopizzini.com
Instagram: https://www.instagram.com/drfabiopizzini/
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