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Foto do escritorDr. Fábio Pizzini

O papel da Nutrologia na prática do ciclismo

Ser ciclista recreacional, amador ou profissional requer uma preparação bem executada, através do treinamento físico específico, de estratégias de recuperação muscular, de nutrição e de suplementação adequada.


Nutrição e suplementação - Shutterstock

Justamente por ser um esporte onde os passeios, treinos e provas tem, por vezes, longos percursos com trajetos variados em dificuldade e intensidade, o ciclismo é considerado uma modalidade que exige intenso esforço físico e necessidades nutricionais peculiares.


O desgaste físico, nutricional e de hidratação, gerados pelo esporte são condições comuns na prática e que tem, na nutrição e na suplementação, seus principais aliados.


No decorrer de uma prova ou treino, o corpo metaboliza diversas substâncias, como sais minerais, carboidratos e proteínas em quantidade significativa para determinar o bom desempenho ou o fracasso da ação executada.

Nutrição e performance no ciclismo - Shutterstock

Diante disso, a garantia do aporte ideal e a manutenção dos estoques destas substâncias é fundamental para garantir a eficiência e a performance durante a prática do esporte.


O quanto o atleta suporta pedalar depende de seu condicionamento físico, mas também do seu estado nutricional, sobretudo em relação ao aporte dos carboidratos, que no nosso corpo está estocado nos músculos e no fígado sob a forma de glicogênio.


Em esportes de longa duração como o ciclismo, também chamados de esportes de endurance, diversas ações podem gerar a fadiga muscular. Dentre estas ações, podermos citar: ação biomecânica do flexionar e estender as articulações dos membros inferiores, o calor, a desidratação e talvez o mais significativo deles - o conteúdo de glicogênio muscular.


Hidratação e ciclismo - Shutterstock

Sabemos que quando a fadiga muscular acentuada se instala, esgota-se a capacidade de contração do músculo e, consequentemente, a capacidade de fazer esforço. Expressões como "quebrei” ou "caiu o disjuntor" são comumente utilizadas entre os ciclistas para externar esta situação.


A formação de energia rápida para a contração muscular depende muito da presença e da disponibilidade do carboidrato. Maiores estoques de glicogênio, ou reposições constantes de carboidratos durante o pedal, prolongam a atividade e a capacidade contínua de gerar um ótimo desempenho motor.


A ingestão deste macronutriente é de fundamental importância dentro do ciclismo, principalmente pelo fato de suas reservas serem limitadas e rapidamente esgotáveis para atender horas de exercício contínuo e intenso.



A quantidade, o tipo e o momento em que se ingere o carboidrato são fatores fundamentais para manter o desempenho, além de proporcionar ótima performance e saúde ao praticante da modalidade.


É exatamente neste contexto que a Nutrologia vem ganhando destaque e visibilidade nos últimos anos.


Trata-se de uma especialidade médica que visa, através da alimentação e da suplementação corretas, garantir o aporte ideal de nutrientes – carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais – necessários para a manutenção da saúde e para a otimização do desempenho físico e da recuperação muscular pós-exercício.

 

Dr. Fabio Pizzini

Formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP - 2002; Residência Médica em Otorrinolaringologia na PUC/SP;


Título de Especialista em Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF e pela Associação Médica Brasileira – AMB;

Pós Graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN;

Curso de Capacitação em Nutrologia do Exercício pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN; Pós-Graduação em Nutrologia Esportiva pelo Instituto BWS; Certificação - Advanced Nutrition Specialist – International Federation of Body Building and Fitness – IFBB. Membro da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN.


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