Os 123 km de pura simplicidade e diversão em meio às altitudes gaúchas aguardam cicloturistas para uma experiência de hospitalidade, em meio às comunidades acostumadas a acolher a galera do pedal.

Rolante, por exemplo, é uma cidade de ciclistas, principalmente de MTB, e nomes notáveis estão por toda a parte. E não é por acaso que é o ponto de partida do circuito.
Inicia-se o pedal a partir da Casa da Colônia, ali junto à rua coberta, no centro da cidade, onde se recebe o passaporte que será carimbado a cada nova etapa do circuito que for completa. Trata-se de um circuito para ser realizado tranquilamente em três dias, mas há motivos de sobra para que o ciclista estenda sua estada por mais tempo.
Passando pelas localidades de Rolantinho e Alto Rolantinho se alcança a Colônia Monge, onde a Cascata que leva o mesmo nome espera os visitantes para momentos de extrema contemplação.

Um detalhe importante a ser considerado: os principais atrativos naturais deste circuito estão a poucos passos da estrada, não oferecendo dificuldade maior para acessá-los.
A visão da Cascata da Colônia Monge, diante de uma piscina natural transparente e de um balanço feito com pneu de carro pendente, faz com que as imagens e memórias da infância retornem de imediato, determinando a vontade de ali ficar por horas a fio. O Cicloturismo é uma atividade onde a pressa jamais deveria ser considerada e onde vale o trocadilho: a pressa não é só inimiga da perfeição, mas também da experiência.
Siga em direção a Riozinho, mas antes considere a famosa subida do Canta Galo, o primeiro dos desafios do circuito, chegando a uma elevação de 680 m, tendo partido de Rolante que está a trinta e poucos metros de altitude.
Aos poucos, os aclives vão se mostrando e permitindo vislumbrar vales e picos numa alternância que não cansa a vista, ao contrário.

A rápida descida que se segue nem faz notar a chegada da segunda cidade do circuito, a bela e bem cuidada Riozinho. Vale a pena uma caminhada pelo lugar para esticar as pernas e entender como o tempo parece andar mais devagar por lá.
Dali, mais um desafio do circuito, a fim de alcançar a localidade de Chuvisqueiro: um pequeno trecho de aclive em asfalto. Trata-se de uma subida aguda de terra em curvas de cotovelo chegando a 560 m, tudo isso para acessar a queda mais impressionante (ao meu ver) da região, a Cascata do Chuvisqueiro, com mais de 80m de queda. Aliás, diga-se de passagem, são oito as cascatas nesta região.

Há poucos metros dali, acessa-se a Cascata do Chuvisqueirinho ou Três Quedas, em uma propriedade muito bem mantida que também oferece espaço para campismo. Seguindo a Estrada do Chuvisqueiro, sentido a localidade da Mascarada, se retorna a Rolante, desta vez para contemplar a Cascata das Andorinhas.
O acesso à cascata está um pouco mais distante da estrada, menos de 1,5 km, porém, o cicloturista nem sequer imagina a visão que terá logo em seguida. A Cascata das Andorinhas surge em meio a uma chanfradura de rocha, como uma caverna, e ainda que tenha menos de 20 m de altura, cria mais um dos incríveis cenários deste circuito.
Não há como realizar uma visitação breve, porque a sensação de paz naquele sítio é algo incompreensível. É preciso parar, ficar e olhar, e continuar olhando. Também não é à toa que esta cascata está presente em nove entre dez dos melhores blogs de fotografia de aventura do país.

Após este encontro, prepare-se para subir o Varzedo. Aliás, prepare-se mesmo!
Este trecho que leva até a linda comunidade de Boa Esperança é composto de uma subida íngreme e contínua. Indicamos estudar a rota antes caso o cicloturista esteja carregando alforjes, o que tornará ainda mais difícil o aclive, tendo em vista que o abundante cascalho solto da estrada complica o perrengue.

Passado o Varzedo, entra-se no Caminho das Pipas, no quarto distrito de Rolante, denominado Boa Esperança, um pitoresco conjunto de vinícolas, cantinas e pousadas em meio a uma comunidade de cultura italiana, contendo dezenas de famílias dedicadas à vitivinicultura e à vinificação.
Seguindo pela localidade de Caconde, chega-se a São Francisco de Paula, terceira cidade do circuito. Passe pelo Lago São Bernardo, bonito espaço de lazer urbano de onde se tem uma vista noturna impressionante do Hotel Cavalinho Branco.
Após São Francisco de Paula, seguir em direção à comunidade de Samambaia, passando por Ilha Nova e regressando a Rolante, num caminho de plena descida.
Rua Ver. Alcides Pandolfo, 234 - Centro, Rolante - RS
51 3547-2423
Sítio Amborella (Adriane Minetto e Juliano Trindade)
facebook.com/sitioamborella/
Instagram: @sitioamborella
Estrada Cascata do Chuvisqueiro - Riozinho - RS
51 99242. 2559
Caminhos das Pipas
facebook.com/caminhodaspipas/
Boa Esperança - Rolante – RS.
51 3547.1188 – ramal 217
Cantina e Vinhos Finger (Sheila e Andrei Finger)
Instagram: Vinhos Finger
Boa Esperança – Rolante – RS
E-mail: vinhosfinger@hotmail.com
51 3501.6097 e 99938.4323
Pousada In Mezzo ai Monti (Janice Montemezzo)
Boa Esperança, Rolante – RS
facebook.com/PousadaInMezzoAiMonti/
E-mail: janicemontemezzo@hotmail.com
51 3778.4605 /
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