Amanda Camargo e Jaqueline Borges
A missão de discorrer sobre os problemas que nós, mulheres, enfrentamos ao iniciar uma jornada cotidiana é, claramente, difícil.
Desde nosso lugar de fala, é fato que encaramos diversos paradigmas ao decorrer da vida, e nas áreas esportivas e do lazer não seria diferente.
O período relativo à pandemia exigiu distanciamento social e requereu que usássemos outras formas para locomoção e lazer ativo, desde que com o menor contato ou proximidade possível.
O ciclismo urbano e o mountain bike foram duas alternativas descobertas por uma infinidade de mulheres nestes últimos dois anos, o que possibilitou uma série de incrementos à vida saudável.
Por mais que tenha sido um período de perdas inomináveis para a população mundial, este momento da história revelou o resgate da bicicleta como modal multitemático para milhões de pessoas, principalmente mulheres, por necessidade ou por opção.
Divertido e saudável, o uso da bicicleta resulta em qualidade de vida e proporciona um bem-estar físico e psicológico, não apenas individual, mas para toda uma comunidade.
Muitas de nós iniciaram no ciclismo em razão de ter amigos que já o praticavam regularmente. Porém, seria oportuno, além de interessante, relatar alguns pontos que chamam a atenção quando passamos a utilizar a bicicleta como instrumento de lazer e esporte.
Grande parte das mulheres, quando inicia no ciclismo a lazer, sente muita dificuldade ao encontrar grande parte das ciclovias, quando existem, sem iluminação.
Aliás, é uma grande ironia, porque as vias para automóveis gozam de excelente infraestrutura de iluminação e radares de tráfego, e estamos falando de veículos dotados de faróis de longo alcance, além de não manter seu condutor exposto como na bicicleta.
Outro fator que desabona a experiência de pedalar a lazer na grande parte das cidades onde vivemos é a velocidade do tráfego e o desrespeito às regras de segurança de trânsito. A bicicleta não é contemplada na cultura de trânsito, sendo assim, se não tomamos os devidos cuidados, o risco à vida é relevante.
Muitos lugares não possuem ciclo-estruturas, como ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, o que acarreta que as mulheres sejam as que mais sofrem ao serem colocadas em situações de alto risco à sua integridade.
Outro aspecto que ainda se faz muito presente na cultura brasileira é o assédio masculino e o machismo. Duas expressões de uma cultura medieval que persiste num país onde a mulher ainda é vista como alguém sem direitos, sem escolhas, vitimada a ser percebida como mercadoria. Isso precisa mudar em todos os âmbitos da vida das mulheres.
O ciclismo, mesmo para iniciantes, requer alguns preparos que antecedem a pedalada, a fim de ter um desempenho melhor. Dentre eles, citamos a alimentação adequada, uma visita ao médico para ver se está tudo de acordo e escolher a bike ideal para cada pessoa e tipo de atividade.
Além disso, pensamos que seja sumamente importante ter conhecimento sobre o funcionamento da bicicleta, a fim de que tenhamos conforto e um manuseio mais apropriado, gerando maior qualidade da experiência e maior segurança na pedalada.
Tomando todas as precauções como em qualquer outra modalidade de esporte, o ciclismo possibilita, entre tantas coisas, manterá a saúde utilizando uma maneira diferente de ir e voltar do trabalho; uma forma de lazer ativo incrível com alta geração de endorfinas ou ainda uma chance de associar lazer à atividade esportiva com qualidade.
Busque em sua cidade grupos de ciclismo fraternais, ou seja, onde mulheres e homens convivam com respeito às diferenças.
Se não encontrar, busque ou forme grupos apenas de meninas, porque as mulheres podem, merecem e precisam. O ciclismo feminino é mais um direito das mulheres que precisa ser respeitado.
Assim sendo, além de ter dado início a um esporte de grande resposta física e emocional, poderá ganhar novos amigos(as) e se aventurar em trilhas ou estradas.
E aí, está pronta para encarar esta nova aventura?
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